quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

CRONUTS - Em busca desse raro doce...

 CRONUTS - mistura da crocância da massa folheada do "croissant" com a maciez do "donuts", resultante da inspiração do Chef francês Dominique Ansel que mora em Nova Iorque. O doce é tão procurado que a fila é imensa para aqueles que se aventuram em busca de provar o novo sabor e, detalhe, a compra é limitada em apenas duas unidades por pessoa.


Bem, essa notícia já foi dada desde o início do ano passado e, considerando que estamos na era da globalização, que tudo que é lançado num lugar, logo se propaga com rapidez tamanha por todos os lugares mais badalados do universo, pensei... irei encontrar esse doce em Paris no final do ano. Procurei bastante por todos as confeitarias de lá e... em vão! O doce híbrido, de Pai francês, não estava lá! 

Na Cidade Luz, o croissant continuava reinando sozinho triunfante! senti-me um tanto desapontada, esperava conhecer de perto esse novo experimento. Já tinha até esquecido essa história e rumado para Barcelona... quando havia desistido de procurá-lo, o encontrei! Sim, era ele que estava lá na virtine da "El Moli Vell" nas imediações da Sagrada Família, todo majestoso, anuciado em catalão.


Eu, Renan e Nath, mais do que depressa entramos para curtir esse doce tão desejado.


Impressões? as melhores possíveis. Acredito que não seja a mesma coisa de uma unidade elaborada pelo Chef Dominique Ansel, mas deu para sentir que a proposta é realmente muito válida, afinal, unir dois produtos tops de Paris e de Nova Iorque, é para fazer história na alta confeitaria. De toda forma, ouvi rumores de críticos do ramo que é possível que o cronuts não caia no gosto do francês por ser muito doce, que o exagero de açúcar em doce é coisa de americano (e de português também! rsrs). 

Isto só o tempo dirá! Enquanto os franceses se decidem em adotar o novo doce, em Barcelona ele já trilha o caminho do sucesso, então concluí que tem espaço para todos, dentro ou fora de sua pátria.

Provei e quero repetir esse sabor em Nova Ioque, na China e no Japão!

Enquanto ele não fica popular vamos em busca desse raro doce por aí!

http://www.molivell.com/panes-artesanales/es
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/09/cronut-misto-de-croissaint-e-donut-faz-sucesso-nos-eua.html

http://dominiqueansel.com/cronut-101/

sábado, 18 de janeiro de 2014

Bucatini com Escalopinho e Molho Gorgonzola - Se vire nos trinta!

 

Este prato é muito prático e fácil de fazer, elaboro-o quando estou com tempo reduzido para dedicar ao preparo da refeição, muito embora a ocasião requeira algo especial. Ou seja, "me viro nos trinta". Utilizo a pasta Bucatini nº 9 da Barilla. Este espagueti tem um formato típico da Itália central, da região ao redor de Roma, lá eles preparam-na com abobrinha ou berinjela. Parece um canudinho, pois tem um furo no centro, por isso é mais grossa que os demais espaguetes. Desta forma, apresenta uma textura que acentua o sabor do molho, que adentra muito bem à massa. A última vez que preparei esta receita foi para os meus sobrinhos: Felipe e sua namorada Caterine, Lucas e Luísa, no início deste mês estavam todos aqui em casa. Antes de pegar a estrada, se deliciaram com esta pasta.

Vamos aos ingredientes e receita:

PASTA:
500g de macarrão bucatini nº 9
01 litro de água 
01 colher de sopa de sal grosso
Coloque a água para ferver em uma panela larga, quando ferver acrescente o sal grosso, a fervura irá baixar, então acrescente o macarrão (sem quebrá-lo rsrsrs), enquanto isso prepare o escalopinho, Quando o macarrão estiver cozido, porém firme (mais ou menos 8 minutos de cozimento). Desligue o fogo e reserve.

 ESCALOPINHO
500g de filé mignon em escalopinho
02 colheres de sopa de azeite de oliva
noz-moscada moída na hora
pimenta preta moída na hora
sal a gosto
cebola picada
Adicione o azeite numa frigideira grande para aquecer. Tempere o escalopinho com noz-moscada, pimenta e sal (somente na hora)  jogue na frigifeira para selar. Não fique mexendo para não soltar o sulco e perder a maciez, apenas vire uma ou duas vezes, acrescente a cebola para perder a acidez. Desligue e reserve.

MOLHO
02 colheres de sopa de manteiga
02 colheres de sopa de farinha de trigo
02 copos de leite de vaca
150g de queijo gorgonzola (esfarelado)
200g de queijo parmesão (para ralar na hora)

Numa panela pequena mexa a manteira e a farinha de trigo com o fouet até desmanchar e ficar uma massa uniforme, acrescente o leite aos poucos, mexa e acrescente o leite novamente, de forma que incorpore toda a porção. Acrescente o queijo gorgonzola e continue mexendo com o fouet. Em seguida, junte o molho  ao escalopinho, escorra o macarrão e junte ao molho, misture tudo e jogue o queijo parmesão por cima e sirva em seguida!

Você não vai gastar todos os 30 minutos para elaborar esta receita, ainda vai sobrar um tempinho para curtir com os demais comensais e aí, é só comer com gosto!


Dica: Ao comprar o filé procuro aproveitá-lo ao máximo. Após a retirada das peles que recobre-o, faço os cortes dos tornedores e dos medalhões da parte mais grossa. As abas e aparas do filé, transformo em escalopes bem pequeninos, para utilizar em molhos ou strogonofe. Guarde estas porções no freezer, já cortadas e limpas, facilita o uso depois.

Outra dica é preparar praticamente o mesmo prato,  ou seja use o  mesmo molho, porém  variando o tipo de massa, e usando a carne do sol desfiada, neste caso ele passará a se chamar "Cabra da Peste", afinal remete a nossa nordestinidade! Abaixo os dois pratos elaborados.

Bucatini com Escalopinho e Gorgonzola
"Cabra da Peste" feito com carne  do sol

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Le Mont Blanc - Sabores especiais onde o menos é mais!


Mont Blanc na Casa  de Chá Angelina

O Mont Blanc tem origem na França e Itália, porém é um doce muito popular em outros países a exemplo da China, Japão e Hungria. Elaborado com creme chantilly e coberto com creme de marron (aquelas castanhas assadas no meio da rua, muito comuns na Europa, também chamada de castanha portuguesa), seu nome e origem, deu-se em homenagem ao pico mais alto dos alpes europeus ocidentais com 4.808 metros, a montanha Mont Blanc, que fica na região fronteiriça entre 3 países: França, Itália e Suiça, destino muito procurado para a prática do alpinismo.

A castanha marron ou portuguesa é usada para fazer outro doce refinado chamado de marron-glacê, tambêm denominado de castanha glaçada, ou seja, castanha cozida e mergulhada em calda de açúcar. O seu sabor lembra muito o doce de batata-doce do Brasil. Aprecio pequenas porções.

Mont Blanc da Confeitaria Miss Manon
Já havia degustado o Mont Blanc em outras patisseries, porém o doce era sempre  servido coberto com pouco creme de marron, algo semelhante a uma  porção de um bombom.


Aceitei a indicação de um amigo parisiense, o Michelle, para degustar um genuíno Mont Blanc na Casa de Chá Angelina onde este doce é carro-chefe, e que ficava logo ali  na rue de Rivoli, em frente ao Jardim das Tulherias (continuação da rue Saint Antoine aonde eu estava hospedada).

Lá, o Mont Blanc é totalmente recoberto com bastante fios de creme de castanha que lhe confere um visual diferente. Das duas opções que provei (o Michelle que me compreenda: o menos é mais!), gostei da primeira opção da Confeitaria Miss Manon, que vem com pouca cobertura de marron e deixa um gostinho de quero mais. Na segunda opção,  chega a tornar-se enjoativo.

De toda sorte, vale muito a pena conhecer a Casa de Chá Angelina, pela tradição, charme e melhor chocolate quente de Paris, além de oferecer inúmeras opções de outros doces convidativos.



Casa de Chá Angelina
Casa de Chá Angelina




















Em visita a Paris não deixe de provar e comparar as opções de Mont Blanc existentes nas confeitarias da cidade, todas bastante apreciadas, somente a Angelina vende cerca de 400 Mont Blancs por dia!

Fica aqui algumas dicas da alta confeitaria em Paris:

 http://angelina-paris.fr/#/home/
http://www.jeanpaulhevin.com/en/
http://www.laduree.com/fr_fr/
http://www.godivachocolates.eu/en/godiva-chocolatier-since-1926
http://www.fauchon.com/fr/chocolat-et-confiserie.html
http://www.lapatisseriedesreves.com/



domingo, 5 de janeiro de 2014

Coquilles Saint-Jacques - ao modo di Vera!

Foto: acervo pessoal
Foto: acervo pessoal















Apreciadas como um alimento refinado, as vieiras ou coquilles saint-jacques muito encantam por sua forma de concha. Retratadas em óleo sobre tela exercem seu poder de sedução e, quando utilizadas para identificação de peregrinos a caminho de Santiago de Compostela, simbolizam  simplicidade.   

Cozinhar vieiras não tem mistério.  Por se tratar de frutos do mar, especificamente um tipo de molusco marinho, seu cozimento é muito rápido. 

Para tanto, basta gratiná-las e, pronto, já estarão apresentando carne firme e tenra. Escolhi este prato para elaboração em Lisboa, na despedida do meu filho que se encontrava de férias, por ser prático o preparo.

Vamos aos ingredientes e elaboração:


 06 vieiras higienizadas (adquiri-las com as conchas, caso não consiga, use o apoio de pequenos refratários para serviço individual) reserve;


1/2 xícara de chá de azeite de oliva;
02 dentes de alho picados;
1/2 cebola  picada;
1/2 alho poró cortado em brunoise (cubinhos)
pimenta em pó ou noz-moscada a gosto;
01 pitada de açafrão para dá cor ou páprica picante,
01 colher de chá de salsinha desidratada,
sal a gosto

Misture os ingredientes acima em recipiente e espalhe sobre as vieiras.
Deixe tomar gosto. 
 
Para gratinar:

Com 01 colher de sopa de farinha de trigo e 01 colher de sopa de manteiga prepare a base do molho branco (mexa com um fouet no fogo) e vá acrescentando aos poucos, 01 xícara de chá de leite. Mexa até formar um molho branco e encorpado. Despeje sobre as vieiras e acrescente, por cima de cada uma, um pouco de queijo parmesão  ou emental ralado. 

Leve ao forno pré-aquecido a 180º por 15 minutos, em seguida, eleve a temperatura para 220º  por mais 05 minutos para gratinar.

Sirva ainda quente.

É muito fácil agradar quem nos ama!


Coquille no restaurante Le Marché no bairro Marais em Paris, simples e deliciosa!